Está em fase de estruturação também uma pesquisa liderada pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Economia Verde. O estudo já começou a indicar alguns impactos no Sul do Estado, mesorregião onde a análise está focada. Entre eles está a erosão e a inundação de áreas costeiras, com a consequente perda de área de praias, deterioração de infraestruturas públicas e privadas, como casas, ruas, e a interrupção de operações portuárias e industriais.
— A pesquisa avalia fatores de riscos, impactos e vulnerabilidades associadas à mudança do clima, incluindo, entre outros, os efeitos da elevação do nível do mar e da ocorrência de eventos extremos, como ciclones e marés de tempestade no território catarinense e em atividades setoriais — detalha a diretora de Clima, Economia Verde, Energia e Qualidade Ambiental, Gabriela Brasil dos Anjos.
A secretaria aponta algumas medidas de adaptação para tudo isso, como restauração e conservação dos ecossistemas costeiros, a implantação do Projeto Orla nos municípios (programa federal que tem como objetivo garantir o uso sustentável das zonas próximas ao mar), atualização do Plano Estadual de Gerenciamento Costeiro, a criação e conexão de Unidades de Conservação marinha, monitoramento da linha de costa e ações de conscientização.
Na prática, apenas o Projeto Orla tem saído do papel. Como a adesão é voluntária, dos 41 municípios catarinenses costeiros, 15 demonstraram interesse em participar. O primeiro passo é fazer um Plano de Gestão Integrada da Orla, que é aprovado pela secretaria estadual. Até agora, os planos de Penha, Araranguá e Balneário Camboriú receberam a validação do órgão.